Num mundo onde impera a ostentação de conquistas e até mesmo de “virtudes”, e onde muitos querem aparentar serem bons e fortes, a história do santo de hoje nos convida a um novo olhar, pois assim como São Paulo, ao escrever sobre sua vida ele não teve medo de revelar suas fraquezas e fazer suas “confissões”, falamos de Santo Agostinho.
Sua biografia nos conta que após ter vivido uma juventude perturbada, tanto intelectualmente quer moralmente, entregue às paixões e futilidades, e ávida por encontrar a verdade, Agostinho teve uma experiência com Deus que o levou a aderir a fé católica, recebeu os sacramentos e passou a viver virtuosamente.
Esta experiência teve tanto impacto em sua vida, que facilmente percebemos em seu relato, um Agostinho “antes de Cristo” e outro totalmente diferente “depois de Cristo”. Acerca dessa radical mudança de vida, conta-se que certa vez, estava ele a caminhar, quando uma mulher com quem ele tinha se relacionado, o gritou e ironizou: “Agostinho, não lembra de mim? Eu sou aquela”. A esta provocação, o santo respondeu: “Sim, mas eu não sou mais aquele”.
Determinado por essa vida nova, assim rezou: “Ouvi, Senhor, minha oração, para que não desfaleça minha alma sob a tua lei, nem me canse em confessar tuas misericórdias, com as quais me arrancaste de meus perversos caminhos; que tua doçura sobrepuje todas as doçuras que segui, e assim te ame fortissimamente, e abrace tua mão com toda minha alma, e me livres de toda a tentação até o fim dos meus dias”.
Convicto das verdades eternas, dedicou sua vida às obras de caridade e de evangelização, pela qual escreveu mais de 100 obras, que lhe renderam o título de “doutor da Igreja”. Em seu apostolado aplicou-se também no combate às heresias, inclusive o maniqueísmo, a qual fizera parte. Faleceu aos 72 anos, em odor de santidade, deixando para nós luzes que influenciam até mesmo os não cristãos.
Santo Agostinho, rogai por nós!