Celebramos hoje, 29 de agosto, a memória do Martírio daquele que Nosso Senhor chamou de o “maior dos profetas”, São João Batista, o precurssor do Messias.
A palavra mártir que tem sua origem no grego, significa testemunha. Dessa forma, o Catecismo da Igreja Católica (§ 2473) ilustra que “o martírio é o supremo testemunho prestado à verdade da fé; designa um testemunho que vai até a morte”. Ou seja, o martírio cristão é diferente dos outros “martírios”, pois ele oferta sua vida por fidelidade ao Evangelho e a Cristo, e não em nome de um nacionalismo ou de uma “guerra santa”.
Por definição, esse testemunho até à morte é chamado de Martírio Vermelho, que se vê até hoje em vários países, onde há uma perseguição sistemática em nome do comunismo, ideologias anticristãs ou movidos pelo fanatismo religioso.
Entretanto, há uma outra forma de martírio, o Martírio Branco, que na prática é o testemunho dado em meio às perseguições, mas sem derramamento de sangue. E visto que já algum tempo, os cristãos são continuamente alvos de piadas e perseguições, é necessário que compreendamos que todos os cristãos são chamados ao martírio branco.
São chamados a “não entrar na onda” dos humoristas que zombam de nossa fé, são chamados a não financiar uma indústria do entretenimento (e seus artistas) que visa “lucrar e lacrar” defendendo que a religiosidade é uma doença. Todas essas chacotas são apunhaladas no coração dos verdadeiros cristãos, que por sua vez, se derramam na oração pela conversão destas pessoas, e também na empreitada da evangelização.
Hoje, ao fazer memória de São João Batista, vemos um homem que sofreu estes dois tipos de Martírio, pelo Reino dos Céus, pela verdade e pelo Cristo. Derramou seu sangue, foi decapitado, mas antes disso derramou muitas lágrimas, muito suor pela conversão das almas. É de se pensar, que para ele que era tão grande no amor, não foi difícil dar a cabeça ao algoz, afinal já tinha confiado o coração à vontade de Deus.
São João Batista, rogai por nós!