Augusta Rainha!
Seguimos nossas formações falando sobre as virtudes. Estamos falando das Virtudes Cardeais. Já falamos sobre Prudência e Temperança.
Hoje falaremos sobre a virtude da FORTALEZA
Segundo o Catecismo da Igreja Católica, fortaleza é:
“a virtude moral que, no meio das dificuldades, assegura a firmeza e a constância na prossecução do bem. Torna firme a decisão de resistir às tentações e de superar os obstáculos na vida moral. A virtude da fortaleza dá capacidade para vencer o medo, mesmo da morte, e enfrentar a provação e as perseguições. Dispõe a ir até à renúncia e ao sacrifício da própria vida, na defesa duma causa justa. ‘O Senhor é a minha fortaleza e a minha glória’ (Sl 118, 14). ‘No mundo haveis de sofrer tribulações: mas tende coragem! Eu venci o mundo!’ (Jo 16, 33).”
Para São Tomás de Aquino, o objeto da virtude da coragem é o medo, e esta virtude nos ajuda a superar aquilo que nos impediria de fazer o bem. “As coisas perigosas e os atos penosos só afastam a vontade da obediência à razão, quando temidas. Por isso, é necessário que a coragem tenha por objeto imediato o temor e a audácia; e, mediato, os perigos e os trabalhos, como sendo os objetos das referidas paixões.”
Segundo a doutrina do Doutor Angélico, a virtude da fortaleza encontra-se no homem,
“A virtude da fortaleza requer sempre uma certa superação da fraqueza humana e, sobretudo, do medo. O homem, por natureza, teme o perigo, as moléstias, os sofrimentos…” (São João Paulo II)
É um fato: temos a tendência, por natureza, a fugir das dificuldades e buscar sempre o conforto. Porém, Jesus nos dá um aviso: “Quem não toma sua cruz e não me segue, não é digno de mim.” (Mt 10, 38)
Como vimos, é pela coragem estritamente ligada à fortaleza, que nós renunciamos ao temor daquilo que nos custa, que nos é difícil, e abraçamos a nossa cruz. Santo Ambrósio nos diz que pela virtude da fortaleza aprendemos a amar as asperezas deste mundo com vistas nos prêmios eternos.
Na nossa vida, é pela virtude da fortaleza que aprendemos a seguir os nossos valores morais corretos, mesmo em situações difíceis, como relembra São João Paulo II, no 15 de novembro de 1978 “Mais um exemplo: um homem a quem é prometida a liberdade e até uma carreira fácil, contanto que renegue os seus princípios ou aprove alguma coisa que seja contra a sua honestidade para com os outros. E também ele responde: “não”, mesmo defronte a ameaças, por um lado, e atrativos, por outro. Eis um homem corajoso!”
Por fim, como todas as virtudes, a fortaleza é a repetição de bons hábitos. Se queremos ser santos, clamemos ao Senhor que nos conceda a graça dessa virtude tão importante para subirmos ao Calvário junto ao Senhor. Trabalhemos para conquistar essa virtude, oferecendo pequenos sacrifícios, não murmurando, exercitando-nos nas penitências corporais.
E pergunte-se: em que momentos do meu dia eu posso aproveitar para trabalhar a virtude da fortaleza?
Tudo por Jesus nada sem Maria