O diálogo é o oxigênio da paz – Audiência Geral do Papa Francisco
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Augusta Rainha!
Na última quarta feira, dia 09, o Papa Francisco, na Audiência Geral, nos falou sobre o motivo de sua viagem apostólica ao reino do Bahrein.
Confiança em Deus
Antes, porém, de falar sobre sua viagem, aproveitou para nos dizer como devemos nos comportar com Deus, tomando como exemplo duas crianças que se aproximaram dele:
“Eles não pediram licença, não disseram: ‘Ah, tenho medo’: vieram diretamente. Nós devemos ser assim com Deus: diretamente. Eles deram-nos o exemplo de como nos devemos comportar com Deus, com o Senhor: ir em frente! Ele espera-nos sempre. Fez-me bem ver a confiança destes dois meninos: foi um exemplo para todos nós. Assim devemos aproximar-nos sempre do Senhor: com liberdade. Obrigado.”
Diálogo, encontro e caminho
O Sumo Pontífice nos deu essas 3 palavras como motivação para a sua visita a esse pequeno país de maioria muçulmana, dizendo “É natural interrogar-se: por que quis o Papa visitar esse pequeno país de maioria islâmica? Há muitos países cristãos: por que não vais primeiro a um ou a outro? Gostaria de responder com três palavras: diálogo, encontro, caminho.”
Diálogo
Para o sucessor de Pedro, foi uma oportunidade para o diálogo o Fórum sobre o diálogo entre Oriente e Ocidente, que nos ajuda a descobrir a riqueza dos outros povos, conforme afirmou. A formação do Bahrein- ilhas- ajudou o Papa a compreender que não se deve viver isolado, mas em diálogo, que é o “oxigênio da paz”, inclusive na paz doméstica. “Se houver uma guerra ali, entre marido e mulher, depois com o diálogo vai-se em frente com a paz. Dialogar também em família: dialogar, pois com o diálogo conserva-se a paz.”
Ainda falando sobre o diálogo, o Bispo de Roma citou a importância do Concílio Vaticano II para a paz, que se faz necessária no mundo com respeito por toda a humanidade, despojamento de todo egoísmo nacional e uma vida além das próprias fronteiras da nação.
Por fim, o Papa falou sobre a importância da paz no mundo em meio a tantas guerras, e apontou uma solução para os conflitos: diálogo, não guerras!
Encontro
Fundamental para o diálogo, diz o Papa, é o encontro. Ele citou os diversos encontros e desejou que houvesse mais encontros entre cristãos e muçulmanos, para termos relações sólidas, interessando-nos mais uns pelos outros.
No Bahrein – como se usa no Oriente – as pessoas põem a mão no coração quando cumprimentam alguém. Também eu o fiz, a fim de criar espaço dentro de mim para quantos eu encontrava.
Com isso, o Vigário de Cristo nos introduz um tema muito importante para o diálogo e o encontro: a hospitalidade, que é o que faz o diálogo ser real e não apenas de ideias, vazio.
Ademais, a convivência das crianças, adolescentes e jovens cristãos e muçulmanos na Escola do Sagrado Coração marcou o Papa, dando-nos uma lição:
“Quando se é jovem, adolescente, criança, é necessário conhecer-se, de tal modo que o encontro fraterno previna as divisões ideológicas. E neste ponto gostaria de agradecer à Escola do Sagrado Coração, agradecer à irmã Rosalyn que levou adiante tão bem esta escola, e os alunos participaram com os discursos, com as orações, a dança, o canto: recordo-os bem! Muito obrigado”
Caminho
Como terceiro ponto de motivação da Viagem Apostólica, temos o caminho que está sendo traçado, iniciado por São João Paulo II em sua visita ao Marrocos, caminho esse entre cristãos e muçulmanos para um diálogo, “para construir alianças fraternas em nome do Pai Abraão, que foi peregrino na terra sob o olhar misericordioso do único Deus do Céu, Deus da Paz.”
Assim, temos a importância do lema da Viagem: “paz na terra aos homens de boa vontade”.
Diálogo, encontro e caminho também entre os cristãos
A viagem também foi marcada pela fraternidade entre os cristãos de diversas confissões e ritos, como o encontro com o Patriarca Bartolomeu, de Constantinopla.
O Papa concluiu seu discurso falando sobre a alegria dos cristãos, rezando juntos eram “um só coração e uma só alma.”.
Por fim, ele nos convida a dilatarmos os horizontes, com os corações abertos, pois somos filhos de Deus, e somente com diálogo, encontro e caminho a fraternidade humana progredirá, pedindo auxílio da Virgem Maria.
