Augusta Rainha!
Hoje falaremos sobre uma virtude importantíssima para todos os cristãos: a castidade!
Essa virtude é filha da virtude cardeal da Temperança.
De acordo com nosso Catecismo a castidade é a integração conseguida da sexualidade na pessoa, e daí a unidade interior do homem no seu ser corporal e espiritual. A virtude da castidade engloba, portanto, a integridade da pessoa e a integralidade da doação (Cf. 2337), ou seja, requer um domínio de si para se viver integramente como pessoa humana e se doar inteiramente em serviço ao próximo.
A castidade implica numa aprendizagem do domínio de si: O homem atinge esta dignidade quando, libertando-se de toda a escravidão das paixões, prossegue o seu fim na livre escolha do bem e se procura de modo eficaz e com diligente iniciativa os meios adequados (Cf CIC 2239)
Além de virtude moral, a castidade é “dom de Deus, uma graça, um fruto do trabalho espiritual” (Cf. CIC 2345)
Como a caridade molda todas as virtudes, com a castidade não poderia ser diferente. O CIC afirma que “sob a sua influência [da caridade], a castidade aparece como uma escola de doação da pessoa. O domínio de si ordena-se para o dom de si” (2346), e nos leva para viver uma profunda amizade com o próximo, que é um grande bem e nos conduz para a comunhão espiritual.
O Papa Francisco, na mensagem para os jovens em Turim, no 21 de junho de 2015, nos diz um pouco mais sobre essa relação entre caridade (amor) e castidade:
O amor consiste nas obras, em comunicar, mas o amor é muito respeitador das pessoas, não as usa, isto é, o amor é casto. E a vós jovens deste mundo, deste mundo hedonista, neste mundo onde só o prazer é publicitado, passar bem, levar uma vida descontraída, eu digo-vos: sede castos, sede castos.
Como todas as virtudes, a castidade precisa ser adquirida através dos nossos bons hábitos repetidos. Primeiramente, vejamos, segundo o Catecismo, graves ofensas à essa virtude, e depois vejamos alguns conselhos de como bem viver essa virtude.
No número 2396, temos essa lista de algumas das graves ofensas à castidade: Entre os pecados gravemente contrários à castidade, devem citar-se: a masturbação, a fornicação, a pornografia e as práticas homossexuais.
Além disso, cada um deve viver essa virtude segundo seu estado de vida, tanto os solteiros, como os casados e os celibatários, de acordo com sua vocação.
Para bem vivermos tal virtude, que é difícil, recorramos ao que nos diz o documento Sacra Virginitas, de Pio XII:
Maior exemplo de pureza, após Jesus, não há. Recorramos, portanto, ao auxílio e exemplo da Virgem, Mãe da Pureza, que soube amar e viver tão bem essa virtude, junto com São José. “Mas, para conservar e fomentar a castidade perfeita, existe um meio que a experiência dos séculos mostra repetidamente ter valor extraordinário: é a sólida e fervorosa devoção a nossa Senhora. Em certo modo, essa devoção encerra em si todos os outros meios: quem a cultiva sincera e profundamente é levado a vigiar e a orar, a aproximar-se do tribunal da penitência e da sagrada mesa.”
Nossa Senhora, Mãe da Pureza, rogai por nós!
Tudo por Jesus, nada sem Maria
Discurso do Santo Padre para os jovens na visita a Turim. Clique aqui.
Documento Sacra Virginitas. Clique aqui
Catecismo da Igreja Católica (números 2196 a 2557). Clique aqui
Formações sobre as virtudes: