Siga nossas Redes Sociais

“Bem aventurados os puros de coração”- A virtude da castidade

21/09/2022 . Formações

Augusta Rainha!

Hoje falaremos sobre uma virtude importantíssima para todos os cristãos: a castidade!

Essa virtude é filha da virtude cardeal da Temperança.

O que é a virtude da castidade?

De acordo com nosso Catecismo a castidade é a integração conseguida da sexualidade na pessoa, e daí a unidade interior do homem no seu ser corporal e espiritual. A virtude da castidade engloba, portanto, a integridade da pessoa e a integralidade da doação (Cf. 2337), ou seja, requer um domínio de si para se viver integramente como pessoa humana e se doar inteiramente em serviço ao próximo.

A castidade implica numa aprendizagem do domínio de si: O homem atinge esta dignidade quando, libertando-se de toda a escravidão das paixões, prossegue o seu fim na livre escolha do bem e se procura de modo eficaz e com diligente iniciativa os meios adequados (Cf CIC 2239)

Além de virtude moral, a castidade é “dom de Deus, uma graça, um fruto do trabalho espiritual” (Cf. CIC 2345)

A castidade e a caridade

Como a caridade molda todas as virtudes, com a castidade não poderia ser diferente. O CIC afirma que “sob a sua influência [da caridade], a castidade aparece como uma escola de doação da pessoa. O domínio de si ordena-se para o dom de si” (2346), e nos leva para viver uma profunda amizade com o próximo, que é um grande bem e nos conduz para a comunhão espiritual.

O Papa Francisco, na mensagem para os jovens em Turim, no 21 de junho de 2015, nos diz um pouco mais sobre essa relação entre caridade (amor) e castidade:

O amor consiste nas obras, em comunicar, mas o amor é muito respeitador das pessoas, não as usa, isto é, o amor é casto. E a vós jovens deste mundo, deste mundo hedonista, neste mundo onde só o prazer é publicitado, passar bem, levar uma vida descontraída, eu digo-vos: sede castos, sede castos.

 Os pecados contrários a castidade

Como todas as virtudes, a castidade precisa ser adquirida através dos nossos bons hábitos repetidos. Primeiramente, vejamos, segundo o Catecismo, graves ofensas à essa virtude, e depois vejamos alguns conselhos de como bem viver essa virtude.

No número 2396, temos essa lista de algumas das graves ofensas à castidade:   Entre os pecados gravemente contrários à castidade, devem citar-se: a masturbação, a fornicação, a pornografia e as práticas homossexuais.

Além disso, cada um deve viver essa virtude segundo seu estado de vida, tanto os solteiros, como os casados e os celibatários, de acordo com sua vocação.

Como viver a virtude da castidade?

Para bem vivermos tal virtude, que é difícil, recorramos ao que nos diz o documento Sacra Virginitas, de Pio XII:

  •  é difícil viver a castidade: “a castidade consagrada a Deus exige, portanto, almas fortes e nobres, prontas para o combate e para a vitória “por amor do reino dos céus” (Mt 19, 12).
  •  É possível com a graça de Deus: “mas, se a castidade consagrada a Deus é virtude difícil, a sua prática fiel e perfeita é possível às almas que, depois de tudo bem ponderado, correspondem generosamente ao convite de Jesus Cristo e fazem quanto podem para a observar.”
  • -Vigilância e mortificação: “Por este motivo, é preciso vigiar primeiramente os movimentos das paixões e dos sentidos, e dominá-los com uma vida voluntariamente austera e com a mortificação corporal, para os submeter à reta razão e à lei divina: “Os que são de Cristo crucificaram a sua própria carne com os vícios e concupiscências” (Gl 5, 24). O apóstolo das gentes confessa de si mesmo: “Castigo o meu corpo e reduzo-o à escravidão, para que não suceda que, tendo pregado aos outros, eu mesmo venha a ser réprobo” (1 Cor 9, 27)”
  • Fuga das tentações e ocasiões de pecado: “Além disso, segundo a lição dos santos padres doutores da Igreja, libertamo-nos mais facilmente dos atrativos do pecado e das seduções das paixões, fugindo com todas as forças, do que atacando de frente. Segundo são Jerônimo, para conservar a pureza, a fuga vale mais do que a luta aberta: “Fujo, para não ser vencido”, dizia de si mesmo. Essa fuga consiste em nos afastarmos com diligência das ocasiões do pecado, e sobretudo em elevarmos nosso espírito para as realidades divinas durante as tentações, fixando-o naquele a quem consagramos a nossa virgindade: “Olhai para a beleza do vosso amante Esposo”, recomenda santo Agostinho.”

A virgem Maria

Maior exemplo de pureza, após Jesus, não há. Recorramos, portanto, ao auxílio e exemplo da Virgem, Mãe da Pureza, que soube amar e viver tão bem essa virtude, junto com São José.  “Mas, para conservar e fomentar a castidade perfeita, existe um meio que a experiência dos séculos mostra repetidamente ter valor extraordinário: é a sólida e fervorosa devoção a nossa Senhora. Em certo modo, essa devoção encerra em si todos os outros meios: quem a cultiva sincera e profundamente é levado a vigiar e a orar, a aproximar-se do tribunal da penitência e da sagrada mesa.”

 

Nossa Senhora, Mãe da Pureza, rogai por nós!

Tudo por Jesus, nada sem Maria

Leia mais

Discurso do Santo Padre para os jovens na visita a Turim. Clique aqui.

Documento Sacra Virginitas. Clique aqui

Catecismo da Igreja Católica (números 2196 a 2557). Clique aqui

Formações sobre as virtudes:

Pobreza

Temperança

PRÓXIMOS EVENTOS

Curados para amar – A palavra tem poder OUVIR TODOS