Sabemos que a escatologia é o estudo das coisas últimas. É um discurso sobre o final da história da salvação, estudo da consumação da história ou dos tempos. É um setor da Teologia que se compromete com a reflexão sobre um futuro da promessa da esperança cristã. O intuito da escatologia é dar resposta ou entender melhor o que no credo nós rezamos.
A Parusia, ou seja, a Segunda Vinda de Nosso Senhor Jesus Cristo, está dentro do estudo da escatologia. Em grego, Parusia significa “presença” ou “vinda”. Emprega-se em sentido escatológico para expressar o retorno de Cristo no final dos tempos. No Novo Testamento na Bíblia se utiliza a palavra em contexto de alegria, pois anuncia a vinda e a presença do Senhor consumando a história. O anelo da Parusia é um elemento importante da vida de todo cristão católico apostólico romano.
A glória de Cristo (se revela a partir do sofrimento da cruz) é a resposta para a tensão escatológica entre escatologia presente e futura em João. Dessa forma, uma e outra escatologias se complementam e não se excluem, encaminhando tudo para a Parusia final. O juízo acontece a partir da adesão ou rejeição a Cristo na perspectiva da fé (Cf. Jo 12,48; Jo 3,36).
A contribuição de Paulo com o conceito de Parusia é bastante importante, e representa a vinda futura de Cristo na glória com a vitória sobre o pecado e a morte, a ressurreição e o juízo. Um ponto importante na reflexão paulina acerca da Parusia é a situação da pessoa quando acontecer a segunda vinda. Estar vivo ou morto não influenciará na questão soteriológica em si mesma. Quanto ao dia e como será essa vinda gloriosa, pouco ou nada se sabe, pois faz parte do projeto e do segredo de Deus mesmo. Cristo vem para salvar.
“A Parusia é o mais alto grau de intensificação e satisfação da liturgia, e a liturgia é parusia. Cada Eucaristia é Parusia, vinda do Senhor; e, ainda, a Eucaristia é, inclusive, o mais verdadeiro desejo ardente de que Ele, por fim, revelaria a Sua Glória escondida” (Cardeal Joseph Ratzinger – Bento XVI).