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Escapulário de Nossa Senhora do Carmo

16/07/2021 . Formações

“Este será um privilégio para ti e para todos os carmelitas, quem morrer com ele não padecerá o fogo eterno,  isto é, o que com ele morrer se salvará”

O Escapulário é um dos sacramentais da Igreja. É composto por dois retângulos ou quadrados de tecido de lã de cor preta ou marrom, unidos por um cordão ou fita, de forma que os dois tecidos recaiam um sobre o peito e o outro sobre as costas de quem os usa. O Escapulário do Carmo, uma vez bento e imposto, não necessita obrigatoriamente de uma nova benção quando se substitui por outro novo, não obstante o novo Escapulário poder ser abençoado.

De onde vem o nome escapulário?

O hábito de trabalho que os monges usavam para não sujar ou estragar a túnica chamava-se escapulário. Daí a origem do nome, visto que o hábito pousava sobre as “escápulas” (do latim scapula=ombros). Posteriormente, o Escapulário tornou-se parte integrante do hábito dos religiosos do Carmo, tendo assim um vasto significado simbólico. Usar o Escapulário é tomar a cruz de cada dia, como nos ordenou Cristo, bem como revestir-se de Maria, na fiel imitação de suas virtudes. Os pequenos Escapulários que hoje conhecemos são miniaturas da peça do hábito religioso carmelita, podendo ser usados dentro ou fora da roupa.

São duas as promessas para quem usar o escapulário: a chamada Grande Promessa e o Privilégio Sabatino.

A Grande Promessa consiste em que a pessoa que morre com o Escapulário, ou receberá de Nossa Senhora na hora da morte a perseverança no estado de graça se nele estiver, ou – caso contrário, a graça do arrependimento e perseverança final. Deus já confirmou com inúmeros milagres a autenticidade da Grande Promessa. O Senhor usa os milagres como testemunho da verdade das Suas promessas e das de Sua Mãe, confirmando os fundamentos sólidos das devoções que a Igreja propõe aos fiéis.

O Privilégio Sabatino consiste em ser liberto o mais breve possível das penas do Purgatório, por especial intercessão da Virgem do Carmo, exercida graciosamente em favor dos Seus devotos, especialmente no sábado, dia que Lhe é consagrado.

Da primeira vez que se recebe o escapulário, é necessário apresentá-lo ao sacerdote, a fim de que ele o abençoe e o imponha. Por ser confeccionado com tecido, o escapulário desgasta-se facilmente. Uma vez gasto, basta trocá-lo por outro, não sendo, então, mais preciso recorrer ao sacerdote.

No dia 16 de dezembro de 1910, Sua Santidade o Papa São Pio X concedeu que o Escapulário pudesse ser substituído por uma medalha que tivesse: de um lado uma imagem de Nossa Senhora, sob qualquer título ou invocação e, do outro lado, uma imagem do Sagrado Coração de Jesus. Não é necessário trazer a Medalha-Escapulário ao pescoço, podendo ser colocada no bolso ou em outra parte do corpo. Ao contrário do que se dá com o Escapulário de lã (ao qual basta que só o primeiro seja bento, pois, como se diz, “esse benze os demais”), cada Medalha-Escapulário que se troca precisa ser benta.

É também interessante lembrar que o uso do escapulário permite aos fiéis lucrarem algumas indulgências:

Indulgência parcial – O uso piedoso do escapulário ou da medalha (por exemplo: um pensamento, uma lembrança, um olhar, toque ou beijo etc.), além de favorecer a união com Maria Santíssima e com Deus, obtém uma indulgência parcial, cujo valor aumenta na proporção das disposições de piedade e fervor da pessoa.

Indulgência plenária – Pode-se lucrá-la no dia em que se recebe pela primeira vez o escapulário, na festa de Nossa Senhora do Carmo (16 de julho), de Santa Teresa de Ávila (15 de outubro), de São João da Cruz (14 de dezembro), de Santo Elias (20 de julho), de Santa Teresinha do Menino Jesus (1º de outubro), de todos os santos carmelitas (14 de novembro) e de São Simão Stock (16 de maio).

Para lucrar tais indulgências plenárias, são exigidas as seguintes condições:

Confissão, Comunhão eucarística, oração pelo Sumo Pontífice (por exemplo: um Pai-nosso e uma Ave-Maria);
propósito firme de querer observar os compromissos da associação do escapulário.

Tudo por Jesus, nada sem Maria

Fonte de pesquisa: O Catecismo do EscapulárioProvíncia Carmelitana

 

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