“Tenho medo da graça que passa sem que eu a perceba.” (Santo Agostinho)
Hoje é um dia de muitas graças nos Céus e nós aqui da Terra podemos aproveitá-las em plenitude. Uma delas é a graça da Indulgência Plenária concedida pela Solenidade do dia do Sagrado Coração de Jesus.
O que é Indulgência?
Segundo o Catecismo da Igreja Católica (CIC), número 1471:
“A indulgência é a remissão, perante Deus, da pena temporal devida aos pecados cuja culpa já foi apagada; remissão que o fiel devidamente disposto obtém em certas e determinadas condições, pela acção da Igreja, a qual, enquanto dispensadora da redenção, distribui e aplica por sua autoridade o tesouro das satisfações de Cristo e dos santos”
Também segundo o CIC (número 1498):
“Pelas indulgências, os fiéis podem obter para si mesmos e também para as almas do Purgatório, a remissão das penas temporais, seqüelas dos pecados.”
Ou seja, mesmo os pecados já confessados, produzem sequelas em nós. Por meio das indulgências podemos extinguí-las de nós parcial ou totalmente.
Na Solenidade do Sagrado Coração de Jesus, podemos adquirir indulgências plenárias, ou seja, “liberam totalmente da pena devida pelos pecados” (CIC, 1471).
Ainda segundo o número 1471 do CIC: “O fiel pode lucrar para si mesmo as indulgências […], ou aplicá-las aos defuntos”.
Para alcançarmos esta graça, são necessários:
Ato de Reparação ao Sagrado Coração de Jesus
“Dulcíssimo Jesus, cuja infinita caridade para com os homens é por eles tão ingratamente correspondida com esquecimentos, friezas e desprezos, eis-nos aqui prostrados na vossa presença, para vos desagravarmos, com especiais homenagens, da insensibilidade tão insensata e das nefandas injúrias com que é, de toda a parte, alvejado o vosso amorosíssimo Coração.
Reconhecendo, porém, com a mais profunda dor, que também nós, mais de uma vez, cometemos as mesmas indignidades, para nós, em primeiro lugar imploramos a vossa misericórdia, prontos a expiar não só as próprias culpas, senão também as daqueles que, errando longe do caminho da salvação, ou se obstinam na sua infidelidade, não vos querendo como pastor e guia, ou, conculcando as promessas do batismo, sacudiram o suavíssimo jugo da vossa santa lei.
De todos estes tão deploráveis crimes, Senhor, queremos nós hoje desagravar-vos, mas, particularmente, da licença dos costumes e modéstias do vestido, de tantos laços de corrupção armados à inocência, da violação dos dias santificados, das execrandas blasfêmias contra vós e vossos Santos, dos insultos ao vosso Vigário, e a todo o vosso Clero, do desprezo e das horrendas e sacrílegas profanações do Sacramento do divino amor, e, enfim, dos atentados e rebeldias das nações contra os direitos e o magistério da vossa Igreja.
Oh! se pudéssemos lavar, com o próprio sangue, tantas iniquidades!”
Fontes:
Constituição Apostólica Indulgentiarum Doctrina do Papa Paulo VI ( https://www.vatican.va/content/paul-vi/pt/apost_constitutions/documents/hf_p-vi_apc_01011967_indulgentiarum-doctrina.html)
Catecismo da Igreja Católica (https://www.catecismo.net)