O que revelam as Tentações de Jesus no deserto e sua relação com a Quaresma.
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A doutrina da Igreja, de acordo com seu Catecismo, que “as tentações de Jesus no deserto recapitulam a de Adão no paraíso e as de Israel no deserto” (cf. CCE 538-540).
A Sagrada Tradição, portanto, segundo Santo Agostinho (bispo, séc. V), diz:
“De fato, Cristo foi tentado pelo demônio. Mas em Cristo também tu eras tentado, porque ele assumiu a tua condição humana, para te dar a sua salvação… Reconhece-te nele em sua tentação reconhece-te nele em sua vitória. O Senhor poderia impedir o demônio de aproximar-se dele; mas, se não fosse tentado, não te daria o exemplo de como vencer na tentação.”
(dos comentários sobre os Salmos)
Satanás tenta Jesus na obediência dele à missão que o Pai lhe confiara. Cristo, novo Adão, resiste e a sua vitória anuncia a sua paixão, suprema obediência do seu amor filial.
“De fato, não temos um sumo sacerdote incapaz de se compadecer de nossas fraquezas, pois ele mesmo foi provado em tudo, à nossa semelhança, sem todavia pecar”
(Hb 4,15)
A Igreja se une em particular a esse Mistério no tempo litúrgico da Quaresma. Ela é composta de cinco domingos e sua cor litúrgica é o roxo. Por ser um tempo de maior reflexão e de preparação para a Paixão, Morte e Ressurreição de Jesus, não se entoa o canto do Glória e do Aleluia, na Missa. O quarto Domingo da Quaresma se chama domingo laetare e se utiliza a cor rosa.
No dia 23 de fevereiro de 2023, o Papa Francisco ressaltou 3 tentações que o demônio utiliza para nos atrapalhar. “O apego às coisas, a desconfiança e a sede de poder são três tentações difundidas e perigosas que o demônio usa para nos separar do Pai e não nos fazer sentir mais irmãos e irmãs entre nós, para levar-nos à solidão e ao desespero”
