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Entenda por que devemos participar da Missa no dia da Imaculada Conceição

08/12/2022 . Formações

O que é a Imaculada Conceição?

O Papa Pio IX, proclamou no dia 8 de dezembro de 1854 o dogma da Imaculada Conceição. Por meio dele, a Igreja confirmou que a Virgem Maria, em previsão dos méritos de Cristo, foi concebida isenta da mancha do pecado original. O dogma está escrito na Constituição Apostólica, Ineffabilis Deus. 

Segundo a Ineffabilis Deus

A narrativa da queda de Adão e Eva, apresentada no livro do Gênesis, capítulo 3, afirma um acontecimento primordial. Unida a ela, a Revelação dá-nos a certeza de fé de que toda a história humana está marcada pela falta original, livremente cometida pelos nossos primeiros pais (cf. Catecismo da Igreja Católica nº 390). 

“Mas Deus, que é rico em misericórdia, impulsionado pelo grande amor com que nos amou, quando estávamos mortos em consequência de nossos pecados, deu-nos a vida juntamente com Cristo – é por graça que fostes salvos!” (Ef 2, 4-5). 

Deus, porém, prevendo desde toda a eternidade a ruína mais lamentável de todo o gênero humano, que teria resultado do pecado de Adão, decretou, com um desígnio oculto desde os tempos, para realizar a primeira obra de sua bondade com um mistério ainda mais profundo, por meio da encarnação de seu Filho, Jesus Cristo.

“Porei inimizade entre ti e a mulher, entre a tua descendência e a dela” (Gn 3,15)

Portanto, desde o princípio e antes dos séculos, escolheu e preordenou uma mãe para seu Filho, na qual se encarnaria e da qual nasceria então, na feliz plenitude dos tempos; e, de preferência a qualquer outra criatura, ele a sinalizou para tal amor que se contentava apenas nela com uma benevolência muito singular.

Segundo o Catecismo da Igreja Católica 

  1. Para vir a ser Mãe do Salvador, Maria “foi adornada por Deus com dons dignos de uma tão grande missão”. O anjo Gabriel, no momento da Anunciação, saúda-a como “cheia de graça”. Efetivamente, para poder dar o assentimento livre da sua fé ao anúncio da sua vocação, era necessário que Ela fosse totalmente movida pela graça de Deus. 
  2. Ao longo dos séculos, a Igreja tomou consciência de que Maria, “cumulada de graça” por Deus, tinha sido redimida desde a sua conceição. É o que confessa o dogma da Imaculada Conceição, proclamado em 1854 pelo Papa Pio IX: “Por uma graça e favor singular de Deus onipotente e em previsão dos méritos de Jesus Cristo, Salvador do género humano, a bem-aventurada Virgem Maria foi preservada intacta de toda a mancha do pecado original no primeiro instante da sua conceição”.
  3. Este esplendor de uma “santidade de todo singular”, com que foi “enriquecida desde o primeiro instante da sua conceição”, vem-lhe totalmente de Cristo: foi “remida dum modo mais sublime, em atenção aos méritos de seu Filho”. Mais que toda e qualquer outra pessoa criada, o Pai a “encheu de toda a espécie de bênçãos espirituais, nos céus, em Cristo” (Ef 1, 3). “N’Ele a escolheu antes da criação do mundo, para ser, na caridade, santa e irrepreensível na sua presença” (Ef 1, 4). 
  4. Os Padres da tradição oriental chamam ã Mãe de Deus «a toda santa” (“Panaghia”), celebram-na como “imune de toda a mancha de pecado, visto que o próprio Espírito Santo a modelou e dela fez uma nova criatura”. Pela graça de Deus, Maria manteve-se pura de todo o pecado pessoal ao longo de toda a vida.

08/12: Dia de preceito

Quando o Catecismo da Igreja Católica, fala dos dias em que se deve guardar o preceito de participar da santa Missa, cita a festividade da Imaculada Conceição.

 “O domingo, em que se celebra o mistério pascal, por tradição apostólica, deve guardar-se em toda a Igreja como o primordial dia festivo de preceito. Do mesmo modo devem guardar-se os dias do Natal de Nosso Senhor Jesus Cristo, Epifania, Ascensão e santíssimo corpo e sangue de Cristo, Santa Maria Mãe de Deus, sua Imaculada Conceição e Assunção, São José e os Apóstolos São Pedro e São Paulo, e finalmente o de todos os Santos” (cf. CIC nº 2177)

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