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Qual o papel da Virgem Maria na Igreja? Como a Igreja Católica é Mãe?

13/02/2023 . Formações

O papel preponderante da Santíssima Virgem na vida da Igreja é o de Mãe. “A Mãe de Deus é o modelo e a figura da Igreja, na ordem da fé, da caridade e da perfeita união com Cristo.” (Lumen Gentium, 63)

A Igreja, como o Cristo, nasce no seu regaço, e foi assistida desde seu início com suas orações:

“Todos unidos pelo mesmo sentimento, entregavam-se assiduamente à oração, em companhia de algumas mulheres, entre as quais Maria, a Mãe de Jesus e de Seus irmãos”

(At 1,14). 

A Virgem Maria foi proclamada Mãe espiritual da Igreja e de todos os fiéis e sagrados pastores após a promulgação da Constituição Dogmática «Lumen Gentium», de 1964.

“Pelo dom e missão da maternidade divina, que a une a seu Filho Redentor, e pelas suas singulares graças e funções, está também a Virgem intimamente ligada, à Igreja”(LG, 63), e nela é invocada com os títulos de advogada, auxiliadora, socorro e medianeira (CCE 969).

1. Maria é Mãe na ordem da graça

A Virgem Santíssima, predestinada para Mãe de Deus desde toda a eternidade é também nossa mãe na ordem da graça. Essa maternidade perdura sem interrupção até à consumação eterna de todos os eleitos. Mas isto entende-se de maneira que nada tire nem acrescente à dignidade e eficácia do único mediador, que é Cristo. Todo o influxo salvador da Virgem Santíssima sobre os homens (…) deriva da abundância dos méritos de Cristo, funda-se na Sua mediação e dela depende inteiramente, haurindo aí toda a sua eficácia; de modo nenhum impede a união imediata dos fiéis com Cristo, antes a favorece (LG, 60).

Nesse sentido, diz o Catecismo, nº 970: «Efetivamente, nenhuma criatura pode ser equiparada ao Verbo Encarnado e Redentor; mas, assim como o sacerdócio de Cristo é participado de diversos modos pelos ministros e pelo povo fiel, e assim como a bondade de Deus, sendo uma só, se difunde variamente pelos seres criados, assim também a mediação única do Redentor não exclui, antes suscita nas criaturas, uma cooperação variada, que participa dessa fonte única»

2. Mãe da Igreja

Segundo o Catecismo da Igreja Católica, nº 963: “A Virgem Maria […] é reconhecida e honrada como verdadeira Mãe de Deus e do Redentor […]. Ao mesmo tempo, porém, é verdadeiramente “Mãe dos membros (de Cristo) […], porque cooperou com o seu amor para que na Igreja nascessem os fiéis, membros daquela Cabeça». «Maria, […] Mãe de Cristo e Mãe da Igreja”

O título “Mãe da Igreja” foi utilizado pela primeira vez por Santo Ambrósio de Milão (338 – 397) e tem raízes nos primeiros tempos do cristianismo – já presente no pensamento de Santo Agostinho e São Leão Magno, no Credo de Nicéia de 325, e já os Padres do Concílio de Éfeso (430) haviam definido Maria como “verdadeira mãe de Deus”. Ela, não só por ser a Mãe Santíssima de Deus, mas também por ser «Mãe da Igreja», é pela mesma Igreja venerada «com culto especial» (cfr. L.G. 66), particularmente litúrgico (cfr. L.G. 67). Na primeira segunda-feira após Pentecostes, por exemplo, a Igreja celebra a memória da Virgem Maria Mãe da Igreja, um título que tem raízes profundas, e que foi inserido no Calendário Litúrgico Romano em maio de 2018, por desejo do Papa Francisco.

A maternidade espiritual de Maria transcende o espaço e o tempo e pertence à história universal da Igreja, porque nesta sempre Ela esteve presente com a sua maternal assistência. Todos os períodos da história da Igreja beneficiaram e hão-de beneficiar da presença maternal da Mãe de Deus, pois Ela permanecerá sempre indissoluvelmente unida ao mistério do Corpo Místico (fonte).

A confiante certeza (da ininterrupta intercessão junto do Filho pelo Povo de Deus) é expressa pela mais antiga oração mariana, do século II, na época das perseguições romanas, com as palavras:

“Sob a vossa proteção recorremos a vós, Santa Mãe de Deus: não desprezeis as súplicas de nós que estamos na prova, e livrai-nos sempre de todos os perigos, ó Virgem gloriosa e bendita!”

(Do Breviário Romano).

3. A Igreja como Mãe

Os Padres “afirmam sempre que Maria é mãe, a Igreja é mãe e a sua alma é mãe: há algo de feminino na Igreja, que é «maternal». Por conseguinte, “a Igreja é feminina porque é ‘igreja’, ‘esposa’: é feminina e é mãe, dá à luz”. Portanto, é “esposa e mãe”, mas “os Padres vão além e dizem: “Inclusive a sua alma é esposa de Cristo e mãe””.

“(…) pela fiel recepção da palavra de Deus: pela pregação e pelo Batismo, gera, para vida nova e imortal, os filhos concebidos por ação do Espírito Santo e nascidos de Deus. E também ela” (a Igreja) “é virgem, pois guarda fidelidade total e pura ao seu Esposo e conserva virginalmente, à imitação da Mãe do seu Senhor e por virtude do Espírito Santo, uma fé íntegra, uma sólida esperança e uma verdadeira caridade“

(LG, 64).

TUDO POR JESUS NADA SEM MARIA!

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