Siga nossas Redes Sociais

Solenidade de Pentecostes

05/06/2022 . Formações

Com grande alegria celebramos hoje a Solenidade de Pentecostes. Neste dia nos recordamos que Nosso Senhor após subir aos céus, enviou o Espírito Santo aos seus, e assim cumpriu Sua promessa de que “rogaria ao Pai outro paráclito”, e que “Ele não nos deixaria órfãos (Jo 14,16 – 18).

Entendemos por “órfão” aquele que perdeu alguém que lhe era muito querido ou que o amparava, geralmente pai ou mãe, e na ocasião, diante da ascensão de Jesus, os discípulos estavam preocupados pois pensavam que ficariam sós e desprotegidos. Conhecendo-lhes, Jesus lhes envia um outro “Paráclito”, que significa advogado, consolador, e assim eles não ficariam desamparados.

Ou seja, Jesus enviou o Espírito Santo sobre os discípulos por que os amava, e deste modo inaugurou uma presença extraordinária de Deus em meio a eles e também a nós, pois a vinda do Espírito Santo foi uma graça prometida não apenas aos cristãos dos primeiros séculos, mas ao povo de Deus através de todas as eras: “Ele ficará eternamente convosco” (Jo 14, 17).

(cf. BETTENCOURT, Cap. 5; CCE 732, 767-769 e 1076; e LG, 2-5 e 48) – Uma dúvida frequente refere-se à ocasião em que a Igreja foi fundada ou instituída e à relação da descida do Espírito Santo, em Pentecostes, com a instituição da Igreja, tendo em vista que a partir daquele momento os Apóstolos iniciaram a efetiva pregação do Evangelho. Há autores que dizem que a Igreja foi fundada na Cruz, quando o lado de Cristo foi perfurado jorrando água e sangue, símbolos dos sacramentos do Batismo e da Eucaristia, respectivamente, e que basicamente fazem a Igreja. Porém há outra corrente de autores, dentre eles Santo Agostinho, que afirma que o ato final de fundação da Igreja foi Pentecostes.

Não obstante a existência dessas duas correntes, analisando-se os documentos da Igreja, o Catecismo e material específico de curso sobra a Igreja (Curso de Eclesiologia), pode-se concluir que Jesus deu início à sua Igreja com a pregação da Boa Nova, da vinda do Reino de Deus, prometido nas Escrituras, e com toda a sua vida pública – com suas palavras, obras, milagres e presença. Na véspera de sua paixão, Ele deu um passo fundamental na criação da Igreja ao instituir a Eucaristia e o sacramento da Ordem. Na Cruz, quando o Seu lado e perfurado, jorrando sangue e água, dá-se a sequência da fundação da Igreja, que se manifesta publicamente ao mundo a partir da efusão do Espírito Santo, em Pentecostes, quando começou a difusão do Evangelho com a pregação.

Ela só será consumada na glória celeste quando chegar o tempo de restauração de todas as coisas, com o retorno glorioso de Cristo. Enquanto isso, o Espírito Santo habita na Igreja, levando-a ao conhecimento da verdade total, unificando-a na comunhão e no ministério, dotando-a e dirigindo-a com diversos dons hierárquicos e carismáticos, e a embeleza com os seus frutos.

Portanto, o Espírito Santo é a presença de Deus em nosso meio, e nós também precisamos crer que não estamos sós e desamparados. Os discípulos experimentaram o medo, a fraqueza, mas com o derramamento do Espírito Santo eles foram reavivados pela força do amor, e isso os tornou capazes de muitos atos heroicos, afinal “quem ama não conhece nada que seja difícil” e “não cansa e nem se cansa”.

Assim também o é conosco, pois é pelo “amor de Deus que foi derramado em nossos corações através do Espírito Santo” (Rm 5, 8-11) que somos capazes de amar, orar, perdoar, conviver, compreender e evangelizar, e de modo especial, nos tempos difíceis que vivemos, precisamos ser íntimos do Espírito Santo, para não sucumbir mediante as notícias más e tristes.

Por isso, não o extingamos o Espírito Santo (1 Tes 5,19). Clamemos Sua presença com humildade e confiança. Que a Virgem Maria seja nosso grande modelo de intimidade com o Espírito Santo, para que também em nós, Ele faça maravilhas.

PRÓXIMOS EVENTOS

Curados para amar – A palavra tem poder OUVIR TODOS