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Vocações a Vida Consagrada: “Pedi, pois, ao Senhor da messe que envie operários para sua messe” (Mt 9,38).

02/02/2022 . Formações

As pessoas que dedicaram a sua vida a Cristo, não podem deixar de viver no desejo de O encontrar, para estarem finalmente e para sempre com Ele. Daí a esperança ardente, daí o desejo de « entrarem na Fornalha de amor que nelas arde, e que outra coisa não é que o Espírito Santo » (46): esperança e desejo amparados pelos dons que o Senhor livremente concede a quantos aspiram às coisas do alto (cf. Col 3,1). (cf. VC 26) – São João Paulo II

“Pedi, pois, ao Senhor da messe que envie operários para sua messe” (Mt 9,38).

Esse mandato de Jesus, por si só, já alerta e obriga-nos a rezar e adorar ao Senhor pedindo novas vocações à vida consagrada. Cabe-nos refletir e responder se estamos cumprindo essa determinação, rezando, oferecendo sacrifícios, fazendo jejum, abstinência e mortificações pedindo ao Senhor mais operários para a messe.

A Santíssima Trindade dá a todos os batizados a graça santificante, sendo todos os batizados, por terem recebido “o selo da vida eterna”, sobrenaturalmente chamados à santidade (cf. CCE* 941, 1266, 1273-1274, 1998-2000 e 2013). No entanto os nossos pecados, ainda que não apaguem as marcas do Batismo, podem impedi-lo de produzir frutos de salvação (cf. CCE 1272). Por isso, devemos pedir a graça do Senhor para lutar contra os inimigos da alma (a carne, o pecado e o demônio) a fim de atingirmos a Pátria Celeste (cf. CCE 2001-2003).

A santificação requer renúncia, sacrifício e luta constante pela perfeição. Existem diversas formas de buscar essa perfeição, esses sacrifícios e essas renúncias, mas, sem dúvidas, a vida consagrada e sacerdotal, seguindo a Cristo mais de perto, sob a moção do Espírito Santo, doando-se a Deus, amando-O acima de tudo e procurando alcançar a perfeição da caridade, por si só, em função das obrigações e deveres inerentes aos votos, regras e constituições, que obrigam a atos de virtude que não são de preceito e, consequentemente, são mais perfeitos e acabam conduzindo à santidade.

Além disso, um sacerdote tendo o dever de glorificar a Deus em nome de todas as criaturas, especialmente do povo cristão, devendo então ser santo, e não terá êxito em santificar e salvar almas, um de seus deveres de estado, se não buscar a sua santidade pessoal (cf. CCE 915-916; LG, 43-45; e TANKEREY, 367-377, 392-394 e 398). Conclui-se, facilmente, que se trata de um caminho mais seguro à santidade, ainda que com maiores tentações e sacrifícios, que, conforme mencionado, leva à santificação.
Assim sendo, se os pais tem como obrigação constituir igrejas domésticas, sendo exemplo e evangelizando seus filhos, buscando as suas santificações e favorecendo suas vocações próprias, com especial cuidado a vocação consagrada (cf. CCE 1665-1666; e LG, 11 e 41), e se todo o Povo de Deus é chamado à santificação copiando o modelo de perfeição do Pai (cf. LG, 39-41).

O maior exemplo que podemos ter de família santa que foi celeiro fecundo de vocações à vida consagrada foi a Família Martin de nossos padroeiros Santos Luiz e Zélia, testemunho da beleza do que é um chamado e a resposta à comunidade de vida, começando dentro de casa.

Ademais, se estamos preocupados com a nossa própria santificação e a consequente luta contra os inimigos da alma, não há como fazê-lo sem o auxílio da graça de Deus. Mas para obter essa graça necessitamos dos sacramentos (meio pelo qual Deus vem a nosso encontro) e da oração (meio pelo qual nós vamos a Deus). Em relação aos sacramentos, à exceção do batismo, que também pode ter como Ministro, além dos sacerdotes (Bispos e Presbíteros), um diácono ou, em caso de necessidade, qualquer pessoa que tenha a intenção exigida; e do matrimônio, que tem como Ministros os noivos, mas necessita de um sacerdote ou diácono para que acolha o consentimento dos esposos e dê a bênção da Igreja, todos os demais sacramentos dependem exclusivamente dos sacerdotes (Bispos e presbíteros), ainda que a eucaristia possa ter ministros extraordinários, mas depende de um sacerdote para a transubstanciação do pão e do vinho em Corpo e Sangue de Cristo (cf. CCE 1256, 1284, 1313, 1353, 1375, 1410, 1413, 1461, 1495, 1516, 1530, 1576, 1600, 1630).

Além disso, sem os sacerdotes não temos a principal e mais importante oração, a Celebração Eucarística, por meio da qual “nos unimos à liturgia do céu e antecipamos à vida eterna, ‘quando Deus será tudo em todos’ (1Cor 15,28)”

 

PALAVRAS DO SERVO-FUNDADOR, PE. ALEXANDRE PACIOLLI, iCM:

É Jesus quem chama cada um de nós, pelo nome, para uma vocação específica na Igreja. Nós colaboramos com Ele, mas é Cristo quem chama! Pensar que nós que escolhemos o matrimônio ou a vida celibatária (ambos são vocações de serviço ao Senhor), é falso. Ambas vocações são muito sublimes, passam o humano e tocam o divino. Pensar que somos nós que escolhemos o ser Olhar Misericordioso, nos enganamos. É Jesus quem chama! (…)
Filhas e filhos, precisamos fazer adoração ao Santíssimo com mais frequência pedindo ao Senhor novas e santas vocações para a Igreja, para a Olhar Misericordioso (comunidade de aliança e de vida), pois é Ele quem chama!

 

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