No século V, São Perpétuo, Bispo de Tours, estabeleceu um jejum de três dias, antes do nascimento do Senhor. Ainda no século V surge a “Quaresma de São Martinho”, que era um jejum de 40 dias, de preparação para o Natal, começando no dia seguinte à festa de São Martinho (11 de novembro).
Mas foi São Gregório Magno (século VII) o primeiro papa a redigir um ofício litúrgico para o Advento, e o Sacramentário Gregoriano é o mais antigo com missas próprias para os domingos deste tempo litúrgico, para ser celebrado em cinco domingos.
No século IX, numa carta do Papa São Nicolau I aos búlgaros, a duração do Advento reduziu-se a quatro semanas. No século XII o jejum do Advento havia sido substituído por uma simples abstinência.
Finalmente o Advento toma o seu sentido mais amplo de vigilância, de preparação para as duas vindas de Cristo a partir de Pio X, depois Pio XII (século XX); é necessário vigiar e preparar-nos para o nascimento de Cristo e também para Sua parusia (segunda vinda):
“Vigiai, pois, em todo o tempo e orai, a fim de que vos torneis dignos de escapar a todos estes males que hão de acontecer, e de vos apresentar de pé diante do Filho do Homem” (Lc 21, 36).
(Texto escrito por Pe Alexandre Paciolli, iCM – Meditatio de 29 de novembro de 2022)