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Veja Deus em toda a sua criação

22/03/2022 . Formações

“O homem é criado para louvar, prestar reverência e servir a Deus nosso Senhor e, mediante isto, salvar a sua alma e as outras coisas sobre a face da terra são criadas para o homem, para que o ajudem a conseguir o fim para que é criado Donde se segue que o homem tanto há de usar delas quanto o ajudam para o seu fim, e tanto deve deixar se delas, quanto disso o impedem”

(Santo Inácio de Loyola – Exercícios espirituais, nº 23)

Para que o relacionamento com o Pai seja completo, é necessário aprofundarmos a relação com o próximo e com a criação, mas não sem antes nos lembrarmos de que a nossa meta não está nas coisas da terra. Veremos agora 5 leis que regem nosso relacionamento com Deus e com os demais e que nos ajudam a sermos melhores e a nos assemelharmos a Cristo. Quando as aplicamos, muitas situações ganham novo sentido e novas dimensões conseguimos amar mais e melhor as pessoas com as quais Deus nos concede conviver.

 

Lei da Aceitação

  • Está ligada ao grau de amor que temos conosco mesmo;
  • Necessidade de amar a nós próprios para depois amar o próximo (ama o teu próximo como a ti mesmo);
  • Capacidade de nos aceitarmos, aceitarmos nossa história e a maneira como fomos criados;
  • Ver os defeitos como formas de nos encontrarmos com Deus Se bem trabalhados, através da paciência, nos levam para mais perto de Deus;
  • Agradecer a Deus pelo que somos;
  • Devemos nos comparar apenas com Jesus, Ele é o nosso exemplo;
  • Cuidar com a tentação de querer que os outros sejam espelhos nossos;
  • Ter paciência conosco e com os outros (uma está ligada com a outra);
  • A Aceitação leva ao perdão. Aceitar para amar e perdoar;
  • É quando aceitamos a nós mesmos que podemos amar e também aceitar o nosso irmão.

 

Lei do amor responsável

  • Não tomar atitudes com base no instinto e espontaneidade;
  • Nem sempre devemos ser espontâneos com todos Porque amo, sou responsável porque amo, falo ou calo;
  • O amor responsável nos leva a sermos cuidadosos com os irmãos e com o ambiente em que vivemos Ele nos ensina que nem sempre o caminho mais fácil é o caminho certo;
  • Critério do amor e da responsabilidade para guiar nossas ações e escolhas;
  • O amor responsável nos impele a construir e nunca destruir.

 

Lei da Preferência

  • Dar preferência àquilo em que a vontade de Deus esteja claramente manifestada;
  • Preferir a vontade de Deus a nossa Fazer a vontade de Deus exige discernimento (ação do Espírito Santo e direção espiritual);
  • A lei da preferência nos indica a caridade servir antes de ser servido;

Uma pergunta para indicar o caminho do bem: O que Jesus faria em meu lugar?

 

Lei da Indiferença

“Pelo que, é necessário fazer nos indiferentes a todas as coisas criadas, em tudo o que é concedido à liberdade do nosso livre arbítrio, e não lhe está proibido de tal maneira que, da nossa parte, não queiramos mais saúde que doença, riqueza que pobreza, honra que desonra, vida longa que vida curta, e consequentemente em tudo o mais mas somente desejemos e escolhamos o que mais nos conduz para o fim para que somos criados.”(Santo Inácio de Loyola – Exercícios espirituais, nº 23).

Não se trata de alienação, desprezo, fuga da realidade nem coisa parecida. É a capacidade de aceitar os fatos com os olhos da fé! Quem a vive tem nos lábios: “Bendito seja Deus”

  • Ter os olhos fixos em Jesus: Aplicar essa lei mesmo nas coisas pequenas do dia a dia;
  • Não atribuir medos e limitações a essa lei para não nos conformarmos com as situações e nos resignarmos. Quando entendida pelo coração, essa lei impede reclamações, blasfémias e revoltas contra Deus;
  • Também o perdão deverá passar por essa lei. Bendito seja Deus quando alguém nos fere rezar por essa pessoa;
  • Discernir entre Deus e suas obras – “Deus e não as obras de Deus”. O Senhor deve ser o centro e não as obras e as pessoas.

 

Lei da Atividade

  • Se opõe à passividade, essa lei tem uma estreita ligação com a lei da santa indiferença;
  • Ser proativos, orar sempre, confiar no Pai. Se aplica principalmente nos ápices de desespero, quando o mundo conspira contra nós;

Muitas vezes damos tudo como perdido, mas não podemos ter como certo, pois Deus é o Deus do impossível!

  • Se for da vontade dEle, Ele pode mudar qualquer situação, mas, se Ele permitir uma doença para um bem maior, “Bendito seja Deus”

 

O pedido de Jesus é que não deixemos de amar jamais, nem na alegria, nem na dor, nem nos momentos de bonança, nem nos momentos de tempestade. Quando optamos pelo amor e decretamos que nada pode ser feito sem ele, tudo em nós e ao nosso redor se transforma. O amor é uma decisão, e não apenas um sentimento. Devemos experimentar o amor não como o mundo entende, mas mais profundamente, numa experiência que parte de um movimento interno e passa pela renúncia, despojamento e entrega fazer tudo “pelo amor, com o amor e no amor”. Amar a Deus, ao próximo e a nós próprios.
Toda cura e libertação interior passa diretamente pelo amor! Libertar nos, na prática, é gerar mais amor no coração. Curar-nos, na prática, é deixar que o amor sare o nosso coração, que o amor transforme o “que às vezes existe em nós em uma paisagem colorida maravilhosa”. Aprendamos a amar inclusive se faltam motivos para isso, porque o motivo principal é que fomos criados por Deus para esse fim. O ser humano só se realiza amando só amando encontramos sentido para nossa vida.

 

TUDO POR JESUS, NADA SEM MARIA!

 

Nota:

Este texto é uma reflexão sobre o livro Caminho da Luz, de autoria do Rev. Pe. Alexandre Paciolli, iCM, servo-fundador da Comunidade Católica Olhar Misericordioso. 

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