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“Irmã Morte”? Entenda porque São Francisco de Assis a chamava assim

04/10/2022 . Formações

‘Irmão médico, diga com coragem que minha morte está próxima, para mim ela é a porta da vida!’ (São Francisco)

Augusta Rainha!

Breve biografia

Francisco nasceu em Assis, na Úmbria (Itália) em 1182. Jovem orgulhoso, vaidoso e rico, que se tornou o mais italiano dos santos e o mais santo dos italianos. Com 24 anos, renunciou a toda riqueza para desposar a “Senhora Pobreza”.

Aconteceu que Francisco foi para a guerra como cavaleiro, mas doente ouviu e obedeceu a voz do Patrão que lhe dizia: “Francisco, a quem é melhor servir, ao amo ou ao criado?”. Ele respondeu que ao amo. “Porque, então, transformas o amo em criado?”, replicou a voz. No início de sua conversão, foi como peregrino a Roma, vivendo como eremita e na solidão, quando recebeu a ordem do Santo Cristo na igrejinha de São Damião: “Vai restaurar minha igreja, que está em ruínas”.

Partindo em missão de paz e bem, seguiu com perfeita alegria o Cristo pobre, casto e obediente. No campo de Assis havia uma ermida de Nossa Senhora chamada Porciúncula. Este foi o lugar predileto de Francisco e dos seus companheiros, pois na Primavera do ano de 1200 já não estava só; tinham-se unido a ele alguns valentes que pediam também esmola, trabalhavam no campo, pregavam, visitavam e consolavam os doentes.

A partir daí, Francisco dedica-se a viagens missionárias: Roma, Chipre, Egito, Síria… Peregrinando até aos Lugares Santos. Quando voltou à Itália, em 1220, encontrou a Fraternidade dividida. Parte dos Frades não compreendia a simplicidade do Evangelho.

Em 1223, foi a Roma e obteve a aprovação mais solene da Regra, como ato culminante da sua vida. Na última etapa de sua vida, recebeu no Monte Alverne os estigmas de Cristo, em 1224.

Já enfraquecido por tanta penitência e cego por chorar pelo amor que não é amado, São Francisco de Assis, na igreja de São Damião, encontra-se rodeado pelos seus filhos espirituais e assim, recita ao mundo o cântico das criaturas. O seráfico pai, São Francisco de Assis, retira-se então para a Porciúncula, onde morre deitado nas humildes cinzas a 3 de outubro de 1226. Passados dois anos incompletos, a 16 de julho de 1228, o Pobrezinho de Assis era canonizado por Gregório IX.

Outros santos: Santo Antônio de Pádua
11 de agosto – Dia de Santa Clara de Assis

Como São Francisco via a morte?

Veja um trecho da primeira biografia de São Francisco, por Tomás de Celano, retratando o momento da morte do santo:

“Passou a louvar os poucos dias que ainda restavam até sua morte, ensinando seus filhos muito amados a louvar Cristo em sua companhia. Ele mesmo, quanto lhe permitiam suas forças, entoou o Salmo: ‘Lanço um grande brado ao Senhor, em alta voz imploro o Senhor’, etc. Convidava também todas as criaturas ao louvor de Deus e, usando uma composição que tinha feito em outros tempos, exortava-as ao amor de Deus. Chegava a convidar para o louvor até a própria morte, que todos temem e abominam e, correndo alegre ao seu encontro, convidava-a com hospitalidade:

‘Bem-vinda seja minha irmã, a morte!’ Ao médico disse: ‘Irmão médico, diga com coragem que minha morte está próxima, para mim ela é a porta da vida!’

E aos frades: “Quando perceberdes que cheguei ao fim, do jeito que me vistes despido antes de ontem, assim me colocai no chão, e lá me deixai ficar mesmo depois de morto, pelo tempo que alguém levaria para caminhar uma milha, devagar”. E assim chegou a hora. Tendo completado em si mesmo todos os mistérios de Cristo, voou feliz para Deus”.

O que a Doutrina de Igreja Católica diz sobre a morte?

No parágrafo 1010, o Catecismo da Igreja Católica fala sobre o sentido positivo da morte e cita duas passagens em que o Apóstolo São Paulo aborda o tema:

  • Para mim, viver é Cristo e morrer é lucro” (Fl 1, 21).
  • É digna de fé esta palavra: se tivermos morrido com Cristo, também com Ele viveremos” (2 Tm 2, 11)

“A novidade essencial da morte cristã está nisto: pelo Batismo, o cristão já “morreu com Cristo” sacramentalmente para viver uma vida nova; se morremos na graça de Cristo, a morte física consuma este “morrer com Cristo” e completa assim a nossa incorporação n’Ele, no seu acto redentor.” (§1010)

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Sexta-feira Santa: Paixão e Morte de Jesus

Como me preparar para uma boa morte?

1º – Lutar contra o pecado mortal e viver em estado de graça. Estar em dia com a Confissão sacramental;
2º – Não me apegar às coisas do mundo. Reconhecer que “Tudo passa, só Deus basta” (St Teresa d’Ávila);
3º – Desejo de unir-me a Cristo Ressuscitado. “Não morro, entro para a vida” (St Teresinha do Menino Jesus).

Leia mais: Sacramento da Penitência e da Reconciliação

Oração de São José pedindo a graça de uma boa morte

São José, que morrestes nos braços de Jesus e Maria, meu amável protetor,
socorrei-me em todas as necessidades e perigos da vida,
mas principalmente na hora suprema,
vindo suavizar minhas dores,
enxugar minhas lágrimas,
fechar suavemente meus olhos,
enquanto pronunicar os dulcíssimos nomes:
Jesus, Maria, José,
salvai a minha alma.

Amém.

São Francisco de Assis, rogai por nós!

Tudo por Jesus nada sem Maria!

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