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Por que a Igreja necessita crescer? – Outubro: mês das missões

11/10/2022 . Formações

“E disse-lhes: “Ide por todo o mundo e pregai o Evangelho a toda criatura.” (Mc 16, 15)

Augusta Rainha!

Crescer mais para evangelizar mais: uma necessidade da Igreja

Segundo o decreto Ad Gentes, escrito por São Paulo VI, “a Igreja peregrina é, por sua natureza, missionária, visto que tem a sua origem, segundo o desígnio de Deus Pai, na «missão» do Filho e do Espírito Santo”. De fato, através do Sacramento do Batismo, todo cristão participa dessa missão de anunciar a Jesus Cristo e a recebe como um “DNA espiritual” impresso na alma.

Nesse espírito missionário, já no 1º de Outubro a Igreja Católica celebra Santa Teresinha do Menino Jesus, proclamada como Patrona Universal das missões. Ainda que tenha vivido grande parte de sua vida dentro de um convento, não deixou de cumprir sua missão de salvar almas. Ela faleceu dia 30 de setembro de 1897 e teve sua canonização dia 17 de maio de 1925.

Por outro lado, com o desejo de recordar aos fiéis a importância da evangelização, o Papa Pio XI instituiu, em 1926, o Dia de oração e ofertas em favor das missões. A partir do ano seguinte,  veio a ser celebrado, anualmente, no penúltimo domingo do mês de outubro com o objetivo de incentivar, nas igrejas locais, a cooperação missionária mediante a oração, os sacrifícios e as ofertas.

Exemplos dos co-padroeiros da Olhar Misericordioso

Santa Teresinha ao descobrir a missão que Jesus tinha a ela, disse: “Ao considerar o Corpo místico da Igreja, não me encontrara em nenhum dos membros enumerados por São Paulo, mas, ao contrário, desejava ver-me em todos eles. A caridade deu-me o eixo de minha vocação. Compreendi que a Igreja tem um corpo formado de vários membros e neste corpo não pode faltar o membro necessário e o mais nobre: entendi que a Igreja tem um coração e este coração está inflamado de amor… Então, delirante de alegria, exclamei: Ó Jesus, meu amor, encontrei afinal minha vocação: minha vocação é o amor.”

Como Santa Teresinha, também temos o exemplo de Santa Faustina Kowalska cujo apostolado alcançou o mundo. Antes, porém, no dia 22 de novembro de 1931, durante uma aparição de Jesus a Santa Faustina, Ele lhe faz o pedido  de mandar pintar um quadro tal como ela O via, com a inscrição: “Jesus, eu confio em Vós”. Ele, por sua vez, deveria ser abençoado solenemente na Festa da Misericórdia, exposto e venerado pelas pessoas, para que assim fosse propagada a devoção à Misericórdia divina.

Além disso, anos antes houve outra grande apóstola Santa Margarida Maria de Alacoque, conhecida como a confidente do Sagrado Coração de Jesus. A ela Jesus pediu a comunhão reparadora das primeiras sextas-feiras de cada mês, e que todas as semanas, das onze às doze horas da noite de quinta-feira, ela estivesse prostrada com a face na terra, em expiação pelos pecados dos homens e para consolar o seu Coração do abandono universal a Que O haviam relegado os homens. Ainda, em outra ocasião, o Senhor pediu que fosse estabelecida na Igreja uma festa particular em honra de seu Coração, havendo nesse dia, no mundo inteiro, comunhões em reparação e desagravo das ofensas de que Ele tem sido objeto.

Nessa mesma perspectiva apostólica temos São João Paulo II que enquanto papa, foi em missão por 129 países e percorreu cerca de 1,7 milhões de kilômetros. Distâncias que impressionam diante das resposnsabilidades que devia abraçar como Pontífice de Cristo.

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Fazer crescer a fé católica é uma urgência Bíblica

No Antigo Testamento já encontra-se como uma necessidade e pedido do próprio Deus a que cresça o número dos filhos do Senhor. Por exemplo, quando Ele diz a Adão e Eva “Frutificai e multiplicai-vos, enchei a terra e submetei-a” (Gn 1, 28). Ou, quando após o dilúvio, “Deus abençoou Noé e seus filhos: “Sede fecundos – disse-lhes ele – multiplicai-vos e enchei a terra” (Gn 9, 1). Por fim, ao fazer a aliança com Abraão, Deus lhe promete uma descendência multiplicada ao infinito (cf. Gn 17, 2).

Também, no Novo Testamento há uma série de passagens bíblicas que falam desse tema, como em:

– Mc 16, 15: “E disse-lhes: “Ide por todo o mundo e pregai o Evangelho a toda criatura.”
– Mt 28, 18-20: “Ide, pois, e ensinai a todas as nações; batizai-as em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo”
– At 6, 1: “Naqueles dias, como crescesse o número dos discípulos…”
– Viagens apostólicas realizadas por São Paulo.

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Sugestão de ordem de leitura da Bíblia. Ofereça essa prática pelos sacerdotes e famílias.

Mas o que isso tem a ver conosco, nos dias de hoje?

Certamente, essas palavras do Papa Francisco, na mensagem para o Dia Mundial das Missões de 2022, podem nos iluminar nessa reflexão:

Tal como Cristo é o primeiro enviado, ou seja, missionário do Pai (cf. Jo 20, 21) e, enquanto tal, a sua «Testemunha fiel» (Ap 1, 5), assim também todo o cristão é chamado a ser missionário e testemunha de Cristo. E a Igreja, comunidade dos discípulos de Cristo, não tem outra missão senão a de evangelizar o mundo, dando testemunho de Cristo. A identidade da Igreja é evangelizar.

Portanto, a responsabilidade de evangelizar é dever de cada cristão, não exclusiva apenas aos padres ou religiosos(as). Nesse sentido, a missão de fazer novos discípulos de Cristo é vitalícia e atemporal, devendo ser cumprida em todo tempo e lugar.

Assim, veja como São Paulo exortava o jovem bispo Timóteo, em relação ao ministério que havia recebido de Deus. Elas, porém, se aplicam a cada um dos que ouve e pratica a Palavra de Deus:

“Eu te conjuro em presença de Deus e de Jesus Cristo, que há de julgar os vivos e os mortos, por sua aparição e por seu Reino: prega a palavra, insiste oportuna e inoportunamente, repreende, amea­ça, exorta com toda paciência e empenho de instruir. Porque virá tempo em que os homens já não suportarão a sã doutrina da salvação. Levados pelas próprias paixões e pelo prurido de escutar novidades, ajustarão mestres para si. Apartarão os ouvidos da verdade e se atirarão às fábulas. Tu, porém, sê prudente em tudo, paciente nos sofrimentos, cumpre a missão de pregador do Evangelho, consagra-te ao teu ministério.” (II Tm 4, 1-5)

A motivação para evangelizar é o amor

Por fim, com essas palavras do Papa Francisco, na Exortação apostólica Evangelii gaudium (n. 264), somos impelidos a evangelizar. «A primeira motivação para evangelizar é o amor que recebemos de Jesus, aquela experiência de sermos salvos por Ele que nos impele a amá-Lo cada vez mais».

Como está o seu grau de amor a Jesus Cristo? Se você não tem buscado evangelizar, é sinal de ele está fraco ainda. Não perca tempo, abra-se ao amor de Deus e deixe esse fogo abrasador te impelir.

Nossa Senhora de Guadalupe, Rainha da primeira e nova evangelização, rogai por nós!

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Tudo por Jesus nada sem Maria!

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