“Uma só coisa é necessária: estar perto de Jesus”. (São Padre Pio)
Augusta Rainha!
A Comunidade Olhar Misericordioso tem como padroeiro São Padre Pio de Pietrelcina no cuidado dos sacerdotes (DIRECOM 17). O sacerdote é um dom do Coração de Jesus e n’Ele tem a sua origem e a sua vocação (DIRECOM 13).
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São Padre Pio de Pietrelcina nasceu em 25 de maio de 1887, em Pietrelcina, e recebeu o nome de Francesco Forgione. Entrou para a ordem dos Capuchinhos em 1903 e foi ordenado sacerdote em 10 de agosto de 1910. Em 1916, foi para San Giovanni Rotondo e lá faleceu em 23 de setembro de 1968.
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Desde criança teve grandes experiências místicas, como visões do seu anjo da guarda e de Nossa Senhora, as quais lhe foram concedidas também na idade adulta. Nesta fase se destacaram, ainda, o recebimento dos estigmas por 50 anos, o dom da bilocação, o dom de conhecimento das consciências, o dom de cura e o dom de milagres, dentre outros.
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Apesar dessas experiências sobrenaturais que marcaram a sua vida terrena, chama a atenção a vida cotidiana de São Padre Pio. O sacramento da Ordem é um meio para a salvação pessoal por meio do serviço ao próximo e edifica a Igreja (DIRECOM 11) e São Padre Pio encarnou isso, vivendo com muita dedicação o seu ministério sacerdotal, a sua vocação. Como Padre, tinha especial preocupação com a salvação das almas e, por isso, passava horas do seu dia atendendo as confissões de fiéis de todo o mundo, que iam procurá-lo em Pietrelcina, além de aconselhar os fiéis por cartas.
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Ele também tinha um grande amor por Jesus Eucarístico e ansiava pelo momento da celebração da Santa Missa, a qual chegava a durar entre 2h e 3h. Preocupou-se em fomentar a piedade e oração individual e familiar entre os que atendia, para que alcançassem vida interior. Da mesma forma, ele se dedicava à oração em diversos momentos do seu dia, de forma profunda, para fazer a vontade de Deus.
PALAVRAS DO FUNDADOR:
“É um grave erro pensar que a oração não é necessária para a salvação eterna. Basta irmos às Sagradas Escrituras para vermos o
exemplo de Cristo que se refugiava para rezar! Sem a oração, sem a intimidade com Cristo pela oração, não podemos cumprir a vontade de Deus (Jo 15,5)” (Meditatio de 6/8/2022).
Sabendo disso, São Padre Pio sempre buscava estar próximo a Jesus: na celebração da
Santa Missa, na ação de graças, nas confissões e em suas orações pessoais, rezando, por exemplo, a Coroinha do Sagrado Coração de Jesus, hoje presente na novena dedicada a ele.
Assim como São Padre Pio viveu, os membros Olhar Misericordioso são chamados a ter Jesus como centro das suas vidas, a ter uma vida de oração profunda e buscar a transformação do coração (DIRECOM 32), considerando o lugar central na espiritualidade que a devoção ao Sagrado Coração de Jesus ocupa (DIRECOM 30).
Também em outros aspectos sua vida é exemplo para a vivência das colunas da nossa espiritualidade.
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São Padre Pio amava profundamente o pecador, mas não o pecado. Buscava orientar e corrigir fraternalmente os que o procuravam, visando a conversão e a salvação das almas.
Foi obediente: aos seus pais, na infância, e aos seus superiores, no Convento e na Igreja. Quando foi proibido de celebrar publicamente a Santa Missa em razão da quantidade de pessoas que o buscavam, acatou a indicação, mesmo lhe custando muito. Teve um profundo amor à Santa Mãe Igreja e aos seus irmãos sacerdotes.
Era alegre em sua vida fraterna, fazendo os confrades gargalharem e se sentirem amados. Fazia jejuns frequentes, levava uma vida simples. Desde a infância buscava a pureza e a
castidade e deixava as rodas de conversas cujos assuntos ofendiam a Deus e em que as pessoas falavam palavras de baixo calão.
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Valorizava profundamente os sacramentos e vivia a Santa Missa de forma piedosa, sem pressa, com atenção total. Em todas as suas ações objetivava a glória de Deus e que as pessoas conhecessem a Ele, atuando com humildade e espírito de serviço. Santificava o seu cotidiano fazendo cada ato com amor e cuidado. Fundou a Casa Alívio dos Sofrimentos (Casa Sollievo dela Sofferenza), em San Giovanni Rotondo, para atender aos enfermos.
“Bem sabia que, quem está doente e sofre, tem necessidade não só de uma correcta aplicação dos instrumentos terapêuticos, mas também e sobretudo de um clima humano e espiritual, que lhe consinta redescobrir-se a si mesmo no encontro com o amor de Deus e a ternura dos irmãos. Com a «Casa Alívio do Sofrimento» ele quis mostrar que os «milagres ordinários» de Deus passam através da nossa caridade.” (São João Paulo II)
Destaca-se o grande amor e devoção que São Padre Pio tinha para com Nossa Senhora, sempre recorrendo a Ela em suas necessidades e para interceder pelas pessoas, nos muitos terços que rezava diariamente e ao passar por alguma imagem d’Ela. Ele procurava imitar as virtudes de Maria Santíssiima, que tinha como
Mãe.
São Padre Pio também foi uma alma imoladora, rezando e sacrificando-se pelas almas, oferecendo tudo a Deus.
Assim como outros santos da nossa Igreja, São Padre Pio tinha grande intimidade com o seu anjo da guarda, a quem recorria sempre. Ele pedia ao anjo que lhe despertasse, que o auxiliasse no combate espiritual que sofria durante a noite, que levasse pessoas ao seu encontro, como o Frei Alessio, o qual o auxiliava diariamente a se vestir.
O santo ensinava seus filhos espirituais a pedirem que seus anjos da guarda levassem recados e pedidos de orações a ele e lhes dava o retorno do que dizer àquela alma.
“Não menos dolorosas, e humanamente talvez ainda mais fortes, foram as provações que teve de suportar como consequência, dir-se-ia, dos seus singulares carismas. Na história da santidade às vezes acontece que o escolhido, por especial permissão de Deus, é objecto de
incompreensões. Quando isto se verifica, a obediência torna-se para ele crisol de purificação, vereda de progressiva assimilação a Cristo, refortalecimento da santidade autêntica. A esse respeito, o novo Beato escrevia a um seu superior: «Só trabalho para vos obedecer, tendo-me feito conhecer o bom Deus, a coisa que Ele mais aceita e o que para mim é o único meio para esperar saúde e cantar vitória» (Epist. I, pág. 807).
Quando sobre ele se abateu a «tormenta», estabeleceu como regra da sua existência a exortação da primeira Carta de São Pedro, que há pouco escutámos: Aproximai-vos de Cristo, pedra viva» (cf. 1 Pd 2, 4). Deste modo, tornou-se também ele «pedra viva», para a construção do edifício espiritual que é a Igreja. E por isto hoje damos graças ao Senhor.” (Homilia da Cerimônia de Beatificação de São Padre Pio, em 2/5/1999)
Tudo por Jesus nada sem Maria!